(1986-)
Doutorada em Literatura Grega Antiga, Tatiana Faia serve-se da sua formação em Estudos Clássicos para conciliar o passado com o presente, traçando na sua poesia um itinerário da Europa mediterrânica, berço cultural da civilização ocidental, de modo a explorar temáticas de cariz identitário. No livro de contos São Luís dos Portugueses em Chamas (2016), referindo-se à identidade dos cidadãos europeus, escreve: “Na verdade, há uma parte considerável dessa identidade que só passa a existir por uma espécie de trauma, porque a distância geográfica inevitavelmente impõe um corte, […] a passagem na verdade talvez seja um lugar intermédio, não bem a identidade do país que nos acolhe, mas uma ideia de Europa” (2016: 49).
Ao longo da obra de Tatiana Faia surgem títulos de poemas com referências geográficas específicas: Pompeia, Milão, Alexandria, Lisboa, Paros, Siracusa, Atenas, Roma, etc., locais de especial relevo para um enquadramento cultural da Europa. O próprio título do seu primeiro livro de poesia, Lugano (2011), sugere a ideia de uma Europa em constante diálogo, aludindo a uma comuna na Suíça na qual predominam a cultura e a língua italianas, embora existam ainda cantões suíços marcados pela cultura alemã, francesa e romanche.
Além deste enquadramento geográfico, Tatiana Faia menciona recorrentemente figuras fundamentais do cânone ocidental: bíblicas (“O filho de Saul”, de Um Quarto em Atenas), mitológicas (“Aula de natação para Fedra”, de Um Quarto em Atenas, e “morning becomes electra”, de Lugano) ou até históricas (“Anne Frank interrompida”, “Sophia entre os constitucionalistas” e “Leon de Modena”, todos de Um Quarto em Atenas). Deste modo, apropria-se do passado para causar uma sensação de reconhecimento no leitor moderno, criando referências evocativas num continente que continuamente questiona as suas raízes mais distantes (conjugando as heranças da Antiguidade Clássica e da tradição judaico-cristã) ou mais recentes (incluindo a Segunda Grande Guerra). A autora sugere que este sentimento de aproximação cultural entre países europeus ainda se manifesta hoje; Portugal e os portugueses, a título exemplificativo, encontram certos pontos de convergência com os países localizados a sul do velho continente, desde “a clareza do sol do mediterrâneo / ao meridional hábito de a tudo / chegarmos um pouco mais tarde” (2011: 53).
O seu livro mais recente, Um Quarto em Atenas (2018), demonstra similarmente uma visão da Europa em que culturas são assimiladas, onde “um japonês” fala “num grego perfeito” (idem: 15) e os filhos do sujeito poético “nascerão talvez ingleses / talvez cidadãos do mundo / e até nisso serão mais portugueses do que eu” (idem: 44). Contudo, as cisões ganham um maior relevo nesta obra, demonstrando-se mais vincadas no panorama atual dos “jovens poetas” que se deparam com a “ideia de «civilização» depois do Holocausto, da crise grega ao melodrama sofisticadíssimo” (Mexia 2018: s/p).
Em “A mulher atrás do arame farpado”, deparamos com uma rutura entre a banalidade da vida diária dos europeus e a atroz realidade das crises migratórias que reflete, como num “espelho convexo” (Faia 2018: 112), as situações vividas durante a Segunda Guerra Mundial. O sujeito poético, aludindo ao filme Zwartboek (2006), medita “no potencial do blockbuster / para examinar consciências nacionais” (ibidem) e para “calcular o grau de liberdade que resta / a esta mulher que noutro país numa última cena / corre para trás do arame farpado / para trás de linhas de guardas armados” (2018: 113). Esta alusão à consciência surgira já em “Sophia entre os constitucionalistas”: uma “consciência que entardece e coleciona / notas sobre estados mentais” (idem: 94) e que impele o sujeito a indagar sobre o que será do seu “telémaco burocratizado / neste tão novo país europeu” (idem: 95), dominado por “um sentido de patriotismo podre” (idem: 94).
O ceticismo e o descontentamento caraterísticos de vários poetas portugueses face à Europa (como realça Pedro Mexia, a autora inspira-se em Jorge de Sena e Ruy Belo nos seus poemas mais “intensos, irónicos, descontentes”) encontram-se presentes na poesia de Tatiana Faia, tornando-se explícitos em “O Retorno, 2016”, sempre no livro Um Quarto em Atenas; a autora sublinha a crescente globalização de um país predominado por uma “considerável porção ainda colonial e racista” (idem: 43):
neste país tão europeu que se enche
de painéis de publicidade em inglês
como selvas se enchem de vegetação
e certos quadros da renascença italiana
se enchem de cabeças cortadas (idem: 44)
A classe média portuguesa surge entorpecida pela compra compulsiva de medicamentos para “emagrecimento, falta de sono, doenças do coração, / peste e no fundo uma morte lenta que se agarra a tudo” (idem: 42), inserindo-se numa sociedade conformista em que “as mães hesitam entre prozac e xanax” (idem: 43). Neste contexto, a família patriarcal cria “meninos de bibe aos trinta anos” (ibidem) e mulheres “educadas quase só na arte de habitar / a solidão de uma cozinha” (idem: 44), enquanto o “fado católico […] ainda se escoa / dos rádios dos melhores taxistas da nação” (ibidem). Perante o saudosismo exacerbado pelos “três Fs”, constituídos por uma obsessão cultural pelo fado, por Fátima e pelo futebol, as demonstrações de patriotismo oco “em estádios por toda a frança” (idem: 43) incitam a seguinte afirmação resignada a meio do poema: “não acredito que o país do puro pássaro seja possível” (ibidem).
A deterioração ética não se cinge, contudo, a um plano nacional, podendo ser transposta para outras localizações referidas por Tatiana Faia. A Europa parece ser um repositório de “rotina medíocre / e sem história do conforto [e] sossego acomodado” (idem: 8), onde não existe nada “para lá do cansaço, da anestesia, / da banalidade suja dos dias” (idem: 17). O “funcionário cansado / de um serviço de estrangeiros e fronteiras” (idem: 10) é sintomático desta repetição fastidiosa do dia-a-dia no qual cada um se encontra integrado e, revestido por uma dimensão simbólica, relembra os cidadãos europeus das fronteiras físicas que lhes são impostas. A dicotomia entre a interação de diversas culturas e “o orgulho de estar sós” (idem: 44) causa um impasse: a identidade europeia torna-se cada vez mais dispersa e as heranças deixadas pela partilha entre povos são ignoradas.
Victor Gonçalves descreve a ausência de uma identidade nacional definida na poesia de Tatiana Faia: “Dizem que para se aceder à condição de poeta é preciso criar uma linguagem própria, a poesia seria uma maneira quase privada, embora encantatória, de falar, do interior e do exterior, do além e do aquém, da vida e da morte, inventariando ainda o desastre identitário que nos lastra (por exemplo, a autora deslocou-se – emigrou? – num planeta uno, mas ainda marcado pela obsolescência de pátrias geográficas e culturais, para que alguns possam brincar à geopolítica e as massas se embebedem com narcóticos nacionalistas)” (2018: s/p). Por este motivo, Tatiana Faia expõe a hipocrisia de uma Europa atual que continua apegada a valores conservadores e antigos; ainda de Um Quarto em Atenas:
vendo o aparato
dos guardas tantos meses antes da entrada
do exército para aplacar os nossos protestos
entendi a vergonha de pertencer a uma europa
que nunca vai ser nova o bastante
e à qual pode nem ser dado
vir a ser nova o suficiente (idem: 16)
As ilusões que alimentam a Europa, aparentemente tão moderna pela proliferação de “cidade(s) de turistas” (2013: 37), levam a que a sociedade europeia, anestesiada pelo consumismo, se olvide do sofrimento alheio “numa cidade / distante o suficiente / para ficar perto da inconsciência” (2018: 8) e de pessoas que encontram “nas suas caixas de correio / em bairros nem assim tão periféricos / bilhetes levemente xenófobos” (idem: 127).
Tatiana Faia incumbe os europeus de definirem a sua própria identidade, de procurarem um significado longe da automatização do quotidiano que os isola uns dos outros. A utilização da segunda pessoa do singular em certos poemas sugere um endereçamento ao leitor, procurando “libertar os cidadãos / até aqui – convenhamos – mais ou menos castrados / para uma reflexão sistemática sobre o seu papel cívico” (idem: 94). E, entre as linhas em que cada leitor se reconhece, enquanto turista ou cidadão, português ou europeu, talvez os versos mais pungentes sejam aqueles em que Tatiana Faia relembra: “também tu chegaste / ao fim de todas as cidades e pudeste regressar” (2013: 87).
Lista de poemas sobre a Europa
“Lisboa”, Lugano (2011)
“Passagem e passageiro”, Um Quarto em Atenas (2018)
“Alguns poemas portáteis”, Um Quarto em Atenas (2018)
“O Retorno, 2016”, Um Quarto em Atenas (2018)
“Sophia entre os constitucionalistas”, Um Quarto em Atenas (2018)
“A mulher atrás do arame farpado”, Um Quarto em Atenas (2018)
“Quatro e um quarto”, Um Quarto em Atenas (2018)
Antologia Breve
Passagem e passageiro
1.
os que chegaram muito depois
para fazer o meu trabalho
os instrumentos, os formulários, os cadernos
com que me encontrei mais tarde ainda
na vitrine de um armário
na escola de estudos bizantinos
lápis, canetas, uma escova de dentes
fragmentos de uns óculos
nada nos diz como se partiram
e para lá de tudo os cadernos
onde com tanto cuidado ele
desenhou fragmentos
mãos, posições de cacos no terreno
pedaços de estátuas e acima de tudo isto
a força que liga e desliga
um homem do seu papel
e deixa para trás apenas
a marca de roda dentada
da interrupção
um certo número de vestígios
não inteiramente conclusivos
como naquela noite em que
um carro o esperou à entrada do prédio
e ele pôde ser visto a sair do lado oposto
o casaco encerado a camisa de xadrez
os jeans azuis escuros
todos os dias homens e mulheres
aparecem e desaparecem
ao serviço de uma vontade
que não lhes pertence
agora mesmo ele acende um cigarro
e tu podes ver como os olhos se contraem
se estendem ao longo da terra desperdiçada
do olival e tem sobre a mesa de ferro enferrujado
um saco de pano grosso e um caderno e uma caneta
e tudo em redor fala de fuga
não muito longe de onde
os artefactos da escola de estudos bizantinos
foram recuperados homens
ocupam-se quotidianamente
do trabalho de escavar os seus dias
ocupam os autocarros que os transportam
da periferia para o centro e de volta
para o mesmo sítio onde eu olhei
os guardas na praça syntagma
e entrei num autocarro vazio
enquanto o motorista fumava
e conversava com um japonês
que falava num grego perfeito
do lado de fora e vendo o aparato
dos guardas tantos meses antes da entrada
do exército para aplacar os nossos protestos
entendi a vergonha de pertencer a uma europa
que nunca vai ser nova o bastante
e à qual pode nem ser dado
vir a ser nova o suficiente
como explicar que como tudo
o que vive e apodrece tenho ocupado
os corpos dos que viveram antes de mim
que o sinal mais fundo das suas vidas
é a única pauta que tenho para fazer
o meu caminho erro atrás de erro
tentando conservar alguma boa vontade
[…]
in Um Quarto em Atenas (2018: 14-19)
O retorno, 2016
neste país os doidos terão sempre divertida audiência
se por mais nada porque não é
com compaixão que se enchem casas de saúde
às vezes é preciso reduzir o mundo a um só círculo de escuridão
e o que seria das nossas farmácias sem longas filas para a gota,
emagrecimento, falta de sono, doenças do coração,
peste e no fundo uma morte lenta que se agarra a tudo
é dentro de uma grande farmácia que uma velha juventude
ainda joga à bola, aos matraquilhos, ao pião
enquanto as mães hesitam entre prozac e xanax
que meninos de bibe aos trinta anos
ligam para a mãe para apurar o grau de concentração
necessário para que o óleo de fígado de bacalhau
garanta um desenvolvimento são
na educação do português
de geração em geração é este o único garante vital
de que o país crescerá forte e sadio
aqui e agora
não acredito que o país do puro pássaro seja possível
ainda que este ano a operação de ouvir o hino nacional
em estádios por toda a frança
chegue para encher de vontade a quase totalidade
de uma classe média
numa considerável porção ainda colonial e racista
que povoa os cafés de ruas
aonde o meu fantasma há-de voltar
e não será para viver todos os momentos
que não viveu junto ao mar
nem tão-só para repetir a carta aos meus filhos
sobre os fuzilamentos de goya porque essa seria
uma esperança que lhe sairia demasiado cara
como é que eu posso saber
no meio deste inferno periférico
hipotecado a setenta anos
democraticamente manso
e de fraca consciência histórica
que mundo será o vosso meus filhos
nascida de pais portugueses em portugal
os meus filhos nascerão talvez ingleses
talvez cidadãos do mundo
e até nisso serão mais portugueses do que eu
e é possível que este seja o acto de demagogia que me teste
uma demagogia pobre e zangada tão à portuguesa
que não mata mas mói e portanto pode e deve ser
abraçada em quartos cor-de-rosa por um exército
de meninas vestidas com camisolas do benfica
educadas quase só na arte de habitar
a solidão de uma cozinha
onde homem que é homem não entra
e abençoadas pelo fado católico que ainda se escoa
dos rádios dos melhores taxistas da nação
e um poeta com menos discernimento
neste país tão europeu que se enche
de painéis de publicidade em inglês
como selvas se enchem de vegetação
e certos quadros da renascença italiana
se enchem de cabeças cortadas
alinharia aqui os três Fs e concluiria
que não tem sido fácil calcular a distância certa
que nos pode salvar o orgulho de estar sós
sem grande artifício há no coração desta
bela cidade uma enorme praça de touros
a ternura desarmante e sem dentes
de todos os empregados de mesa
um falo gigante num dos parques principais
e a ruína esfomeada de tudo o que cresce ou não cresce à volta
e o poeta que esta noite fechar a sua janela sobre o tejo
sabe que só é preciso fechar os olhos a metade
ou mesmo olhar para tudo com um olho a menos
para poder continuar a amar em paz o resto
in Um Quarto em Atenas (2018: 42-45)
Sophia entre os constitucionalistas
podia ser que pudéssemos dispensar
com esta saia, óculos de sol, cabelo preso
entre o rigor de tantas gravatas
sobretudo se eu me imaginar depois desta cena
como o telémaco que estas discussões
impacientemente esperaram
o visitante de um país futuro
beneficiário das benesses que aqui se antecipam
e talvez tenha ficado para trás
a memória de um escudo deixado em batalha
por um poeta solteiro da antiguidade
não sei porque é que actos constitucionais
me fazem pensar em arquíloco
ou talvez saiba que muito disto seja
sobre os cacos que se amontoam
depois de um exército ao serviço de um estado
abandonar a cena
ou o que fazer com um magro salário
num tempo instável como um outono português
talvez encher uma gaveta de nulidades
indagar sobre as origens do épico e do trágico
argumentar que nada existe de erótico
no sorriso da estátua deste rapaz de corpo perfeito
cujo passo em suspenso voltará mais tarde
para que na sua pureza se afoguem
os detalhes que por vezes passam ao lado
nesta consciência que entardece e coleciona
notas sobre estados mentais
porque mais do que a imparcialidade
que convém a um discurso constitucional
nos importava libertar os cidadãos
até aqui – convenhamos – mais ou menos castrados
para uma reflexão sistemática sobre o seu papel cívico
e não sei – ou talvez saiba e me tivesse esquecido
porque é que alguma coisa disto me faz pensar em átis
o adolescente que naquele poema romano
se castra a ele próprio
fora da cidade, fora de ti
a consciência volta depois de uma boa noite de sono
acende-se e apaga-se nos faróis contra as janelas
nas sirenes dos ferries que pontuam a noite
vírgulas e pontos finais são estudados durante horas estéreis
são o equipamento de um soldado
que atravessa o texto de uma lei, não este poema
nem sei bem porquê esta imagem
de uma mulher sentada entre homens
que decidem uma constituição futura
imaginam com uma fúria quase escapista
depois de tantos anos de repressão
a cidade do futuro
que talvez não somem a um sentimento de posse
um sentido de patriotismo podre
e ela parece uma penélope que não duvidou nunca
esperou este dia não com um fazer e desfazer de fios
que mãos acostumadas
decifram mais do que os olhos míopes
mas com um humor
de quem sempre esperou
por ferramentas menos delicadas
átis entra e sai desta mesma cena
pela mesma porta
na mesma parte do mapa da imaginação
e o seu lamento é uma ruptura total
que não se confunde com nenhuma
teoria do bom selvagem
ele chora a casa e os jantares
as praças da cidade e os bancos
onde não há-de sussurrar
palavras doces ao ouvido
de mais rapariga nenhuma
que não é o que esta cena na fotografia é
embora pudesse ter sido
e eu emprego o olhar absorto dela
os óculos de sol as mãos cruzadas sobre a mesa
numa promessa de disrupção total
eu nem imagino o que vai ser
do meu telémaco burocratizado
neste tão novo país europeu
onde a memória nem sempre se desmorona
tão bem como devia na dolorosa disrupção dos factos
mas para já arrumo os livros dela sobre a mesa
prendo o cabelo, tacteio à procura
dos óculos de sol e dos cigarros
junto no instante limpo desta manhã
as partes que perfazem a insónia total da consciência
que faz vibrar em cores estridentes
todos os pormenores destas cenas
que não fosse o medo aceso nos olhos do rapaz
ao recuar junto à fera
depois do último gesto da sua própria adoração
depois do ritual que agora vai substituir todos os rituais
podia quase confundir-se
com o trabalho que ata o laço
entre o corpo, os gestos, o exaspero
e se traduz na segurança daquele gesto de abrir
agora a caixa estudar cuidadosamente os anéis
experimentar os que pudessem servir
rever e multiplicar o mapa dos adornos
até tudo ganhar o seu verdadeiro sentido
in Um Quarto em Atenas (2018: 93-96)
Bibliografia ativa selecionada
FAIA, Tatiana (2018), Um Quarto em Atenas, Lisboa, Tinta da China.
— (2013), Teatro de Rua, Coimbra, Do Lado Esquerdo.
— (2011), Lugano, Lisboa, Artefacto.
Bibliografia crítica selecionada
FAIA, Tatiana (2016), “O acto de não saber”, São Luís dos Portugueses em Chamas e outros textos, Lisboa, Enfermaria 6, 49.
GONÇALVES, Victor (2018), “Um quarto em atenas, poética do acontecer (recensão)”, in Enfermaria 6, www.enfermaria6.com/blog/2018/9/15/um-quarto-em-atenas-potica-do-acontecer-recenso (último acesso em 3/04/2019).
MEXIA, Pedro (2018), “Prefácio”, in FAIA, Tatiana (2018), Um Quarto em Atenas, Lisboa, Tinta-da-China.
Ana Catarina Anjos
Como citar este verbete:
ANJOS, Ana Catarina (2019), “Tatiana Faia”, in A Europa face à Europa: poetas escrevem a Europa. ISBN 978-989-99999-1-6. https://aeuropafaceaeuropa.ilcml.com/pt/verbete/tatiana-faia/