(1971 – ) Elif Şafak é a romancista mais lida e aclamada na Turquia. Nasceu a 25 de outubro de 1971, em Estrasburgo. Pouco depois, os seus pais divorciaram-se, tendo Şafak sido criada pela mãe. Aliás, a autora usa apenas o apelido da mãe (Şafak). O seu percurso escolar fez-se em vários lugares, visto que a mãe era diplomata. A nível académico, focou-se sobretudo na figura das mulheres e da sua posição na literatura. Foi premiada por uma associação de Ciências Sociais pela sua tese de mestrado. Foi precisamente enquanto estudava para a tese de... Ler mais
(1919-1989) Fernando Gonçalves Namora nasceu em Condeixa-a-Nova. A sua bibliografia possui cerca de três dezenas de títulos divididos em romance, poesia, novela, narrativas, biografias, crónicas e cadernos de um escritor. Foi distinguido com inúmeros prémios literários e traduções em diferentes línguas e países. Hoje figura ao lado dos melhores romancistas do neorrealismo português, apesar de ter abraçado o romance existencial a partir de Cidade Solitária (1959) e, sobretudo, de Domingo à Tarde (1961). Dostoievski, Tolstoi, Huxley, Sartre, Camus e, em especial, Malraux, são as principais vozes europeias que se escutam no romance e ensaio de... Ler mais
(1974 – ) Géraldine Schwarz é jornalista e realizadora franco-alemã a residir na Berlim reunificado na sequência da queda do Muro em novembro de 1989. Foi correspondente da agência noticiosa France Presse (AFP) na Alemanha, colabora com vários media internacionais, e tem vindo a empreender desde há alguns anos uma investigação bastante extensa sobre o passado colaboracionista, negacionista ou passivo de vários povos europeus sob os regimes ou ocupações fascistas e nazis. Para tal, debruçou-se sobre os arquivos dos serviços secretos federais alemães (BND), o que a fez desenterrar um comprometimento generalizado, e inclusive uma... Ler mais
(1978-) Grégoire Polet é um escritor belga de língua francesa. Hispanista de formação, inspira-se sobretudo nas vivências urbanas contemporâneas, nomeadamente em Espanha onde vive atualmente. É aliás o autor de dois romances que não escaparam à crítica, e que têm como cenário a vida madrilena e barcelonesa na sua efervescência: Madrid ne dort pas (2005) e Barcelona! (2015). É também tradutor. No colégio Martin V de Louvain-la-Neuve, foi condiscípulo do escritor Jean-François Dauven. Os romances de ambos mantêm manifestamente relações estreitas: romances frequentemente corais, escritos no presente do indicativo, personagens numerosas e transpostas de uma... Ler mais
(1944 – ) Iso Camartin nasceu em Chur, a capital do cantão dos Grisões, na Suíça, em 1944. Fez os estudos liceais numa escola do convento de Disentis. Depois estudou Filosofia e Romanística em Munique, Bolonha e Regensburg. Doutorou-se com uma tese sobre Kant e Fichte. Ensinou em algumas universidades suíças, mas também em Harvard. Entre 1985 e 1997 foi Professor de Literatura Reto-Romana na Universidade de Zurique e na ETH daquela cidade. Entre 2000 e 2003 dirigiu a secção cultural da televisão suíça. Publicou inúmeros artigos e livros, centrados sobre aspectos culturais, muitos dos... Ler mais
(1978- ) Jean-François Dauven é um escritor belga francófono de origem bruxelense da nova geração de ficcionistas que já pouco ou nada liga à belgitude, o movimento belga de reivindicação identitária dos anos 70. Formado em filosofia, Dauven foi colega no liceu Martin V de Louvain-la-Neuve (Valónia) de outro ficcionista belga francófono contemporâneo, Grégoire Polet. Tendo chegado já a exercer a profissão de canalizador, Dauven trabalha atualmente como editor em Paris, onde também reside. Aliás, a ficção narrativa de ambos os escritores aponta para semelhanças genéricas, estilísticas e temáticas. Com efeito, tal como a ficção... Ler mais
(1957-) Jean-Philippe Toussaint é um escritor e realizador belga de língua francesa, formado em ciências políticas e em história contemporânea. A crítica repara amplamente nele em 1985 depois da publicação, na muito prestigiosa editora Minuit, do romance La Salle de bain [O banheiro, 1989, editora Nova Fronteira, na tradução para português do Brasil]. Com este romance, Toussaint inscreve-se na tendência estética que a crítica caraterizou como sendo minimalista, pós-moderna, irónica, lúdica e citacional, e designou na altura por “jovens autores de Minuit”: Echenoz, Gailly, Chevillard, Deville, entre outros. Se este romance de culto descrevia ironicamente... Ler mais
(1959 – ) Jens Christian Grøndahl é um escritor dinamarquês formado em filosofia e autor, desde 1985, de uma vasta obra ficcional escrita em dinamarquês, mas rapidamente traduzida para várias línguas (nomeadamente para francês, e mais raramente para português¹), premiada por júris literários nacionais e internacionais. Essencialmente romancista, Grøndahl escreveu igualmente vários ensaios, entre os quais um, autobiográfico, intitulado Hjemme i Europa [A casa na Europa], duas obras para a infância e juventude (traduzidas para francês por Alain Gnaedig), bem como peças para o teatro e para a rádio. Foi, pois, galardoado com vários prémios,... Ler mais
(1922-2010) Nascido no seio de uma família de camponeses de Azinhaga do Ribatejo, aldeia do concelho da Golegã, Saramago, apenas com dois anos de idade, vai viver para Lisboa, acompanhando os pais que se mudaram para a capital por razões de trabalho. A Azinhaga da sua infância, a aldeia dos avós Josefa e Jerónimo, da miséria campesina, onde “todos andavam descalços, menos os homens que usavam botas de trabalho” (1996), é o seu lar, o sítio em que habita, não obstante ter vivido ao longo da sua vida em vários lugares. Azinhaga impregna a alma... Ler mais
(1984- ) Marek Šindelka é um poeta e romancista checo. Ficou conhecido através da publicação de uma coletânea de poesia, Strychnin, premiada em 2006 com o prémio Jiří Orten. O primeiro romance, Chyba (2008) ([Aberrante] não traduzido em português), colheu comentários muito favoráveis na crítica e no público leitor em geral. Uma coletânea de novelas é publicada em 2001, intitulada Zůstaňte s námi ([Fiquem à escuta] não traduzido em português] – a qual exprime uma visão crítica e irónica da sociedade contemporânea, premiada com o prémio Magnesia Litera em 2012, e nomeada no mesmo ano... Ler mais