(1972 – ) Laurent Gaudé nasceu em 1972, em Paris, onde conclui os seus estudos de literatura e teatro na Universidade Sorbonne Nouvelle – Paris III. Estreou-se na escrita de peças de teatro com 22 anos e hoje a sua obra abarca os mais diversos géneros literários, desde romances a contos, além de poesia e literatura juvenil. Autor eclético, Laurent Gaudé colabora frequentemente com compositores de ópera e fotógrafos contemporâneos. O seu segundo romance La Mort du roi Tsongor (2002) trouxe-lhe o reconhecimento pelo grande público ao obter o Prix Goncourt des Lycéens e o... Ler mais
(1974?- 1984?-) Nos três livros que Madalena de Castro Campos (provavelmente um pseudónimo de um autor ou autora não identificado/a) publicou até à data – O Fardo do Homem Branco (2013), La Mariée Mise à Nu (2017) e A Gun in the Garland (2019) – a palavra “Europa” surge uma única vez, no título de um poema: “Europa do sul”. Cito os primeiros versos: “Ao longe e à distância, / via que não havia verdadeiramente nada para ver. / Um buraco. Uma falha cada vez mais profunda / através da qual / a história e... Ler mais
(1936-) Embora Manuel Alegre seja mais conhecido do grande público pela sua personalidade política, não se deve negligenciar a sua faceta literária, expressa em mais de cinquenta obras publicadas entre os anos ‘60 e o presente. Nascido em Águeda, em 1936, estudou Direito na Universidade de Coimbra, onde foi um ativo dirigente estudantil. Após um breve serviço militar marcado por tentativas de rebelião, foi preso pela PIDE em 1963 e forçado a sair do país em 1964. Regressou a Portugal de um exílio em Argel dias após o 25 de Abril de 1974 e, desde... Ler mais
(1966-) Manuel Xestoso é escritor, editor, tradutor, crítico literário e, há vinte anos, jornalista cultural em A Nosa Terra, Grial, Faro de Vigo, Sermos Galiza e ainda na Revista Galega de Teatro (RTG), de que é subdirector. Publicou Teoría del Ruido em 1995, uma plaquette ilustrada por Viola Siruthairath, inicialmente escrita em galego e que o próprio autor traduziu, a que se seguiu Antón Reixa: ghicho distinto (2012), em colaboração com Xosé Cid Cabido. Em 2017 publicou As Ruínas de Europa, na colecção Dombate da editora Galaxia. Tem ainda numerosos artigos de crítica teatral publicados... Ler mais
(1923-1980) Mário-Henrique Leiria Batista nasceu em Lisboa a 2 de janeiro de 1923, onde também viria a morrer a 9 de janeiro de 1980. Destacou-se no panorama artístico e literário português do século XX ao tomar parte das atividades do Grupo Surrealista Dissidente, ao lado de Mário Cesariny, Cruzeiro Seixas, Carlos Eurico da Costa, Henrique Risques Pereira e António Maria Lisboa, e participou nas duas exposições coletivas de 1949 e 1950. Mário-Henrique Leiria teve desde cedo uma ligação conturbada com o Estado Novo: foi preso várias vezes ao longo da vida, tanto em Portugal como... Ler mais
(1977 – ) Martin Bieri nasceu em Berna, cidade onde vive e trabalha. Dramaturgo, tradutor e jornalista, escreve sobre arte e futebol. Trabalhou em vários teatros, como o de Lucerna e o Theater Neumarkt em Zurique. Publicou, em 2015, um livro de poemas, Europa, Tektonik des Kapitals, que recebeu o prémio do Cantão de Berna em 2016 e o da cidade de Berna em 2017. A “europa” de Bieri não é uma viagem idílica e romântica pela Europa, antes pelo contrário, apesar de, nos 66 poemas, ter alguns momentos de beleza. Alguns estão subdivididos, como... Ler mais
(1923-1993) Natália Correia aborda no seu poema “Manhã cinzenta”, datado de abril de 1946 (um dos primeiros inéditos da sua poesia completa), o acontecimento que marcou toda a sua vida-obra: a partida da ilha de São Miguel, nos Açores – onde nasceu em 1923 –para Lisboa, onde viria a falecer cerca de setenta anos depois, em 1993. No livro Poemas (1955), o leitor reencontra o olhar levemente nostálgico e lúcido de Natália em relação à sua ilha, em “Retrato talvez saudoso da menina insular”. Este dado biobibliográfico entrelaçar-se-á com a visão que Natália possui da... Ler mais
(1910-1990) Ricardo Carvalho Calero foi o polígrafo galego mais importante da segunda metade do século XX, a nível nacional. Licenciou-se em Direito e Letras e foi escritor, crítico literário, poeta, ensaista, novelista, dramaturgo e docente, entre outras atividades. Foi colaborador em inúmeros jornais e revistas, entre os quais podemos destacar Vida Gallega, La Noche, El Correo Gallego, El Compostelano, Aturuxo, Céltiga, A Nosa Terra e Agália. Neles, publicou quer artigos quer poemas. Apesar de ser mais conhecido e reconhecido como docente e ensaista, com obras importantíssimas como a sua História da Literatura Galega Contemporánea e... Ler mais
(1966-) Natural de Lisboa, Rui Cóias frequentou a licenciatura em Direito, na Universidade de Coimbra, possui uma pós-graduação em Ciências Jurídicas e dedica-se, atualmente, ao estudo de Filosofia, na Universidade Nova de Lisboa. Publicou três livros de poesia: A Função do Geógrafo (2000), A Ordem do Mundo (2006) e Europa (2015). Os dois primeiros foram alvo de tradução em diversos países, como a Bélgica e a França. Para além destes volumes, alguns dos seus textos figuram em diversas antologias e publicações coletivas, quer em Portugal, quer em alguns países europeus e americanos, o que demonstra... Ler mais
(1967 – ) Ler a Europa na poesia de Rui Pires Cabral implica penetrar num universo de experiências íntimas e referências comuns. O propósito desta poesia não é tanto uma reflexão profunda em termos políticos quanto um olhar emocional sobre protagonistas indistintos, ampliando a mundivisão retratada a um acontecimento geracional dos que entraram na idade adulta entre as décadas de 1980 e ’90, que o sujeito poético nostalgicamente expressa. Morada (2015) reúne os poemas de Rui Pires Cabral publicados desde 1994 até 2013. Logo o título aponta para a ideia de espaço. No entanto, contrariamente... Ler mais